Visão de vida: Bella Hadid fala sobre inseguranças e disforia de imagem para Vogue

A vida das celebridades não é o que aparenta ser na mídia. A modelo Bella Hadid revelou um distúrbio alimentar e abriu seu coração sobre suas inseguranças e disforia de imagem para a matéria de capa da revista Vogue. 

Bella se tornou uma figura pública ainda na adolescência por ser filha da modelo Yolanda Hadid, que participou do reality show The Real Housewives of Beverly Hills e mostrava seu dia-a-dia e, consequentemente, de suas filhas. A artista é a filha do meio, sendo irmã mais velha de Anwar e irmã mais nova de Gigi, que também é modelo. 

“Era a irmã mais feia. Eu era a morena. Eu não era tão legal quanto a Gigi, não era extrovertida. Isso é realmente o que as pessoas disseram sobre mim. E, infelizmente, quando você ouve as coisas tantas vezes, você simplesmente acredita”, desabafou Bella sobre as comparações com a irmã que começaram antes da fama. 

Gigi iniciou a carreira de modelo ainda na infância, incentivada pela mãe. Logo, Bella seguiu os caminhos da família. Mas, no futuro, essa situação se tornou uma grande insegurança para ela: a principal crítica ao trabalho da morena é que ela, supostamente, “pegou carona” no sucesso da irmã para se concretizar na indústria.  

Com o tempo, as inseguranças de Bella foram aumentando e ela desenvolveu uma síndrome do impostor, em que nunca se sente suficiente ou merecedor para algo. “As pessoas sempre têm algo para me dizer, mas o que eu quero dizer é: ‘Eu sempre fui mal interpretada pelas pessoas da indústria e ao meu redor'”

A declaração de Bella mostra um lado diferente de sua imagem pública, que é de uma mulher forte, determinada e destemida. “Eu sempre me pergunto, como uma garota com problemas de imagem corporal, problemas alimentares, que odeia ser tocada e que tem ansiedade social intensa – o que eu estava fazendo entrando neste negócio? Ao longo dos anos, me tornei uma boa atriz”.

Distúrbios Alimentares 

Durante os anos de adolescência, a artista desenvolveu um distúrbio alimentar. Em entrevista anterior a Vogue, ela disse que se achava “gordinha” durante esse período da sua vida. 

Além disso, Bella tomava Adderall, um remédio à base de anfetamina que pode ser usado para ajudar no Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. Porém, a substância inibe o apetite e pode provocar a perda de peso. No caso, a modelo revelou que consumia a pílula e comia pouco, calculando as calorias de cada refeição em um aplicativo.

“Eu estava nesse aplicativo de contagem de calorias, que era como o diabo para mim. Eu embalava meu pequeno almoço com minhas três framboesas, meu talo de aipo. Eu só estava tentando, percebo agora, me sentir no controle de mim mesmo quando me sentia tão fora de controle de todo o resto.”

Apesar de ter uma relação saudável com a comida atualmente, ela revela que ainda sofre com os traumas. Eu mal consigo me olhar no espelho até hoje por causa desse período da minha vida”.

Plásticas

Aos 14 anos, Bella fez uma rinoplastia, que ela conta ser o único procedimento estético que já fez. Mas, a modelo se arrepende. “Eu gostaria de ter mantido o nariz dos meus ancestrais. Eu acho que eu teria crescido e me adaptado a ele”, conta, em relação a sua descendência palestina por parte do pai. 

Mas, ela reafirma que não fez outro procedimento estético e não faz uso de preenchimento. “As pessoas pensam que eu mexi no meu rosto inteiro por causa de uma foto minha quando adolescente e inchada. Tenho certeza que você não parece o mesmo agora do que quando tinha 13 anos, certo?”

“Eu nunca fiz preenchimento. Vamos acabar com isso. Eu não tenho problema com isso, mas não é para mim. Quem pensa que eu levantei meus olhos ou seja lá como se chama – é fita adesiva! O truque mais antigo”, disse.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.