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Manu Gavassi lançou mais um projeto musical, que conta com três faixas. Mas antes do lançamento, a cantora divulgou um curta-metragem, intitulado “Programa de Proteção à Carreira Artística”, no qual faz uma crítica a indústria musical. Em poucas horas no ar, foram milhões de views, em todas as plataformas.

O vídeo mostra a artista em frente a uma atendente de mentira (interpretada por ela mesma), que a oferece orientações sobre como fazer sucesso na indústria musical. Ao longo do vídeo, a atendente oferece polêmicas, como términos de namoro, além de pacotes com pessoas para criar um conceito por ela e fingir autenticidade e cita temas como nepotismo.

Manu propõe uma reflexão sobre as dificuldades de ser uma artista que não se rende a máquina da indústria fonográfica e não faz tudo pela fama. O vídeo gerou bastante repercussão entre a classe artística. Priscilla, recentemente saiu do núcleo musical gospel para o pop, se emocionou com a produção e descreveu a reação como “Chorrindo. Incrível”. Já a atriz Mariana Xavier refletiu sobre as imposições da indústria, afirmando: “Tenho pensado tanto sobre isso. Sobre como o modelo atual do ‘sucesso’, nos cobrando produtividade e presença maciças, nos empurra na direção contrária à essência que faz de nós artistas”.

Apesar do apoio, o projeto também sofreu desaprovação. A jornalista Carol Prado, do grupo Globo, chamou a crítica de Gavasi de “rasa como um pires” e ainda detonou a postura de artistas do mainstream que criticam a indústria enquanto se beneficiam dela.

Confira o curta-metragem lançado por Manu Gavassi:

Primeira música: “Pronta pra desagradar”

A cantora percorre São Paulo no clipe da música “Pronta para desagradar”, que tem mais de 11 minutos. Durante o clipe, a cantora esbarra com Tim Bernardes, o humorista Rafael Chalub, que incorpora os “haters” de Manu nas redes sociais, e a cantora Pitty.

Confira o clipe completo de “Pronta pra desagradar”:

Segunda música: “Sexo, poder e arte”

No segundo lançamento, Manu coloca luz sobre a linha tênue entre o empoderamento e a hiperssexualização das mulheres, especialmente das que trabalham no meio artístico.

Antes de começar a música, Letícia Colin e Pathy Dejesus protagonizam uma cena em que apresentadora e escritora entram em conflito quando a segunda traz a pauta do empoderamento à tona no talk-show em que seria entrevistada. Sendo orientada pelo diretor do programa, por meio do ponto a cortar o discurso da autora, a personagem de Colin diz que precisa discordar da problemática levantada porque a mulher deve se sentir livre para mostrar o que quiser. E, com essa deixa, Gavassi nos convida a pensar até que ponto o empoderamento e a liberdade sexual são realmente feitos para mulheres.

“E me contam aquela mentira outra vez

Se você tirar a roupa ainda chega a sua vez

E reforçam a mesma mentira todo dia

Suas ideias não te levam tão longe quanto seu corpo levaria”

Confira o clipe completo de “Sexo, poder e arte”:

Terceira música: “31”

Gravada em plano-sequência, mas de trás para frente, a produção sucessora de “Sexo, Poder e Arte” serve de reflexão sobre o tempo. 31 firma-se em tom confessional onde ela analisa a si mesma e fala também sobre a nostalgia da geração millennial e a dualidade em que vivem os jovens adultos, entre apostar no presente ou alimentar-se do próprio passado. 

Inspirando-se em Taylor Swift — de quem é fã — Manu encontrou-se nas letras confessionais desde o início de sua trajetória, como um diário que mostra suas paixões e desilusões a um público que entende sua língua. Faixas como Farsa, de 2015, que fãs atribuem como uma indireta ao ex-namorado, o ator Chay Suede, se destacam nesse tom.

Confira o clipe completo de “31”: