A carreira e vida pessoal da cantora e atriz Sulli são os tópicos da série antológica “Persona”, lançada neste domingo (12/11). Dividida em dois episódios, o projeto conta com cenas inéditas e uma entrevista com o artista, cuja trajetória pública foi marcada por sucessos, controvérsias e um ativismo corajoso.
Nascida como Choi Jin-ri, Sulli deixou marca no kpop como integrante do grupo F(X) e no cinema, estrelando filmes como “The Pirates” (2014) e “Fashion King” (2014). A idol de kpop conquistou uma fanbase sólida – tanto na Coreia do Sul, quanto internacionalmente -, até seu trágico falecimento aos 25 anos, em junho de 2019, confirmando-se como um caso de suicídio.
A artista começou a carreira como atriz infantil, estreando na televisão e no cinema aos 11 anos. Aos 15 anos, em 2009, entrou no mundo da música como membro do grupo F(X), administrado pela SM Entertainment, uma das maiores empresas do kpop. Logo, tornou-se uma das membros mais populares, e o grupo conquistou fama global com quatro álbuns de sucesso.
Em 2015, Sulli deixou o f(x) para focar na carreira solo e na atuação. Voltou a música em 2018 e, no ano seguinte, lançou o primeiro mini-álbum Goblin.
Aqui vale o destaque para a canção Dorothy , uma representação de um mundo imaginário de Sulli, que também é abordado no documentário. Aliás, a produção utiliza Dorothy, personagem principal da famosa história do ‘Mágico de Oz’, para construir a narrativa da história contada da artista e dar vida aos pensamentos dela.
A morte de Sulli abalou fãs e a indústria. A partida da artista deixou um vazio significativo, especialmente porque ela era conhecida por sua franqueza ao abordar questões sensíveis para a Coreia do Sul, como feminismo e saúde mental.
A artista retrata em seu documentário um começo de infância solitária, a falta da presença materna e uma relação conturbada com a mãe, o que fez com que desde cedo ela se voltasse para o mundo lúdico, com fixação por sonhos, pensamentos e imaginação.
A questão da saúde mental sempre esteve presente para Sulli. Ao completar 20 anos, ela assumiu que um de seus principais desejos era buscar uma terapeuta. Devido também ao estrelato ainda na infância, crescer em uma indústria do entretenimento, que enxerga idols apenas como produto, afetou de forma drástica a vida dela.
No documentário, ela expõe sua vontade de pertencimento, se conectar e fazer parte de algo. Porém, ela também relata como no ramo você é ensinada desde de cedo a se sentir e buscar ser superior aos outros, essa competitividade extrema que é dito ser um dos mecanismo para sobreviver na indústria.
Ela confessou que para lidar com a pressão vivida, sempre colocava a culpa do que estava acontecendo em si.
Outra maneira encontrada por Sulli para encontrar a paz foi usar a influência para levantar pautas consideradas controversas, como o feminismo. que vindo de uma sociedade culturalmente conservadora da Coréia do Sul, acabou gerando muitas perseguições à imagem da idol. Apesar de haver repercussões negativas com as declarações, a cantora assume que falar deste tipo de assunto a tirou de um lugar de vergonha, permitindo a ela, pela primeira vez, expressar o que de fato pensava.
A série Persona, reconhecendo a importância de Sulli em sua narrativa, lançou um episódio especial intitulado “CLEAN ISLAND”. A trama envolvente apresenta uma mulher que, tendo vivido em um matadouro, precisa confessar seus pecados para garantir uma imigração segura. A complexidade da redenção e as verdades subjacentes às aparências são habilmente exploradas, proporcionando uma experiência emotiva aos espectadores.
Além disso, os fãs terão o privilégio de assistir a uma entrevista detalhada concedida por Sulli em 2019, intitulada “Dear Jinri”. Neste retrato íntimo, a artista compartilha reflexões sobre sua infância, sua jornada na indústria do entretenimento e aborda temas que vão além da superfície de sua vida pública.
A série Persona, por meio deste episódio especial e entrevista, presta uma homenagem tocante a uma artista cujo impacto vai além das telas. “CLEAN ISLAND” e “Dear Jinri” não apenas celebram a vida e o talento de Sulli, mas também oferecem uma oportunidade única para os fãs se conectarem mais profundamente com a persona por trás da estrela.
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